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Negrinho vivia sozinho com seu único amigo, Baio, um potro ingênuo e alegre. Os dois estavam juntos todo o tempo, em suas atividades e brincadeiras. Um dos passatempos favoritos deles era jogar "5 Marias" com pedras.

Entre corridas e diversões, uma das tarefas do negrinho era cuidar do pastoreio. Uma tropa de cavalos grandes e fortes que alimentava o desejo do negrinho de participar das corridas.

Para passar o tempo, eles se divertiam pelo campo: correndo pela pastagem jogando boleadeira, capturando emas e mexendo com o gado. Baio era um cavalo animado, contente, mas desastrado. Ele era baixinho e desajeitado, não conseguia correr direito. Mas negrinho sempre o ajudava seu desastrado amigo.

Negrinho se sentia muito feliz em contato com a natureza, cuidava de todos as plantas e animais, como seus novos amigos, os graxains.

Negrinho e baio dormiam no campo, ao relento, longe da senzala. O menino repousava com dor e frio, sonhando com sua carta de alforria.

Quando acordaram, Negrinho e Baio notaram que os cavalos haviam sumido. Então saíram em busca do pastoreio, procurarando por todos os campos e coxilhas, mas não os encontrava em lugar algum.